A Décima Profecia - Aprofundando a Visão (James Redfield).pdf

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JAMES REDFIELD
A DÉCIMA PROFECIA
APROFUNDANDO A VISÃO
NOVAS AVENTURAS
DE A PROFECIA CELESTINA
Tradução de Adalgisa Campos da Silva
NOTA DO AUTOR
Como
A Profecia Celestina,
esta continuação é uma parábola de aventura, uma
tentativa de ilustrar o processo de transformação espiritual que está ocorrendo em
nossa época. Com esses dois livros, desejei comunicar o que eu chamaria de um
quadro consensual,
um retrato vivido, dos novos sentimentos, percepções e
fenômenos que estão chegando para definir a vida neste limiar do terceiro milênio.
Nosso maior erro, a meu ver, é pensar que a espiritualidade humana já tenha sido
entendida e definida. Se a história nos diz alguma coisa, é que a cultura e o
conhecimento estão sempre evoluindo. Somente as opiniões individuais são
imutáveis e dogmáticas. A verdade é mais dinâmica, e a grande alegria da vida está
em nos soltarmos, em descobrirmos a verdade especial e individual que cabe a
cada um de nós contar, e depois observar a forma sincrônica pela qual esta verdade
evolui e fica mais nítida, exatamente quando precisamos dela para influenciar a
vida de alguém.
Juntos, estamos caminhando para algum lugar, cada geração se aprimorando graças
às realizações da anterior, com um destino do qual temos apenas uma vaga
lembrança. Estamos todos vivendo um processo de despertar e de abertura para
descobrir quem realmente somos e o que viemos fazer neste mundo, tarefa às vezes
dificílima. No entanto, tenho a firme convicção de que, se integramos o melhor das
tradições de nossos ancestrais e tivermos em mente o processo, a noção de milagre
e destino nos fará superar os percalços do caminho e os atritos com o nosso
próximo.
Não tenho intenção de minimizar os enormes problemas que a humanidade
continua enfrentando. Apenas desejo sugerir que cada um de nós está à sua
maneira envolvido na solução desses problemas. Se estivermos sempre conscientes
e reconhecemos que esta vida é um grande mistério, veremos que cada um de nós
está perfeitamente colocado, na posição exatamente certa... para fazer toda a
diferença.
JR PRIMAVERA, 1996
...Olhei, e vi, uma porta foi aberta no céu: e a primeira
voz
que ouvi foi... uma
trombeta a falar comigo; e disse ela: "Aproxima-te, e mostrar-te-ei o que deve ser a
outra vida." E imediatamente eu estava em espírito: e vi, havia um trono no céu... e
havia um arco-íris a envolver o trono, qual esmeralda. E, em volta do trono, havia
vinte e quatro assentos: e sobre estes assentos eu vi vinte e quatro anciãos
assentados, vestidos com brancas túnicas... E vi um novo céu e uma nova terra:
pois o primeiro céu e a primeira terra estavam mortos...
REVELAÇÃO
SUMÁRIO
ILUSTRANDO O CAMINHO
15
REVENDO A JORNADA
35
SUPERANDO O MEDO
54
RECORDANDO
79
ABRINDO-SE AO CONHECIMENTO
95
UMA HISTÓRIA DE DESPERTAR
116
UM INFERNO INTERIOR
145
PERDOANDO
167
LEMBRANDO O FUTURO
200
SUSTENTANDO A VISÃO
223
ILUSTRANDO O CAMINHO
FUI
ATÉ A BEIRA da laje de granito e olhei para o panorama que se descortinava
ao norte. Um amplo e deslumbrante vale dos Apalaches, de uns dez quilômetros
por oito, estendia-se lá embaixo. Ao longo deste vale, no sentido do comprimento,
um riacho serpeava por prados e florestas densas e coloridas - florestas seculares,
com árvores de mais de cem metros.
Olhei para o mapa tosco em minha mão. O vale coincidia nos mínimos detalhes
com o desenho; a íngreme vertente em que
eu estava, a estrada que descia, o aspecto da paisagem e do riacho, as meias-
laranjas ao fundo. Tinha de ser o lugar que Charlene desenhara no bilhete
encontrado em seu escritório. Por que havia feito isso? E por que desaparecera?
Já se passara mais de um mês desde o último contato de Charlene com seus colegas
da firma de pesquisas, e, quando Frank Sims, que trabalhava na mesma sala que
ela, teve a idéia de me telefonar, estava visivelmente preocupado.
- Muitas vezes ela sai por conta própria, mas nunca passou tanto tempo sumida, e
nunca quando tinha compromissos agendados com clientes antigos. Alguma coisa
está errada.
- Como você soube onde me encontrar? - perguntei.
Em resposta, ele descreveu um trecho de uma carta, encontrada na sala de
Charlene, que eu havia escrito para ela há alguns meses contando as minhas
experiências no Peru. Junto com a carta, disse-me ele, havia um papel com o meu
nome e telefone anotados.
- Estou telefonando para todo mundo que eu saiba que tem alguma ligação com ela
- acrescentou. - Até agora, parece que ninguém sabe de nada. Pela carta, vi que
você deve ser amigo de Charlene. Estava com esperança de que soubesse dela.
- Sinto muito - respondi. - Não falo com ela há quatro meses.
Quando disse aquilo, até custei a acreditar que já fizesse tanto tempo. Logo que
recebeu minha cal1a, Charlene deixou um longo recado em minha secretária
eletrônica falando do seu entusiasmo a respeito das Visões e comentando sobre a
rapidez com que elas estavam se difundindo. Lembro que ouvi diversas vezes esse
recado de Charlene, mas fiquei protelando ligar para ela - dizendo a mim mesmo
que ligaria depois, talvez no dia seguinte ou no outro, quando eu estivesse pronto
para falar. Eu sabia que, se falasse com ela, teria de recordar e explicar os detalhes
do Manuscrito, e achei que precisava de mais tempo para pensar e digerir o que
aconteceu.
A verdade, obviamente, era que havia partes da profecia que ainda me escapavam.
Naturalmente eu ainda era capaz de entrar em contato com minha energia
espiritual, o que me confortava muito, considerando que as coisas acabaram não
dando certo com Marjorie, e eu estava muito sozinho. E estava mais sensível do
que nunca às intuições, aos sonhos e à luminosidade de uma sala ou de uma
paisagem. Mas, ao mesmo tempo, a natureza esporádica das coincidências tomara-
se um problema.
Eu me enchia de energia, por exemplo, definindo a questão prioritária para mim, e
em geral algo me mostrava nitidamente o que fazer ou aonde ir para procurar a
resposta - só que raramente acontecia alguma coisa importante mesmo depois de
eu fazer o que era para eu fazer. Eu não encontrava nenhuma mensagem, nenhuma
coincidência.
Isso acontecia especialmente quando a intuição me mandava procurar alguém que
de alguma forma eu já conhecesse, um velho amigo, talvez, ou uma pessoa com
quem eu costumasse trabalhar. Às vezes essa pessoa e eu descobríamos novos
pontos de interesse, mas às vezes também, por mais que eu me esforçasse em
emitir energia, minha iniciativa era totalmente rechaçada, ou o que era pior,
começava com muita animação, depois se descontrolava e acabava se perdendo
numa explosão de emoções e irritação.
Tal fracasso não me desencantou com o processo, mas percebi que me faltava
alguma coisa para continuar vivenciando as Visões. No Peru, eu agia no calor do
impulso, muitas vezes espontaneamente, com uma fé que era fruto do desespero.
Ao voltar, porém, já no meu ambiente normal, muitas vezes cercado de pessoas
inteiramente céticas, parece que fui deixando de esperar, ou de acreditar, que
minhas intuições pudessem me levar a algum lugar. Era como se eu tivesse
esquecido uma parte vital do conhecimento... ou talvez ainda não tivesse
descoberto.
- Não estou sabendo bem o que fazer agora - frisou o sócio de Charlene. - Ela tem
uma irmã, acho eu, em Nova Iorque. Você não sabe como entrar em contato com
ela, sabe? Ou com alguém que possa saber onde ela está?
- Sinto muito - respondi. - Não sei. Charlene e eu, na verdade, estamos reatando
uma amizade antiga. Não me lembro de nenhum parente dela e não conheço as
pessoas com quem ela se dá atualmente.
- Bom, acho que vou notificar a polícia, a não ser que você tenha uma idéia
melhor.
- Não, acho que isso é uma providência sensata. Há alguma outra pista?
- Só um desenho; talvez a descrição de um lugar. É difícil dizer.
Depois ele me mandou por fax o bilhete encontrado na sala de Charlene com o
desenho tosco de linhas cruzadas e números, com marcas não muito definidas, nas
margens. E, em meu estúdio, com calma, comparei o desenho com os números das
estradas do Atlas do Sul, e achei que consegui localizar aquele lugar. Depois a
imagem de Charlene me apareceu com uma grande nitidez, como me aparecera no
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