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A BRUXA DE ÉVORA
MARIA HELENA FARELLI
Era uma vez a poderosa Bruxa de Évora que conquistou e aterrorizou
gerações de corações luso-brasileiros por séculos e que possuía um caderno
completamente abarrotado de poções, feitiços, bruxedos, encantamentos,
banhos, rezas etc. Sua fama singrou barreiras cronológicas e físicas e
aportou no Brasil com os navegantes portugueses... Sua magia criou raízes
e ramificações se entrelaçando com as religiões ameríndias...
Se você quiser saber mais sobre a Bruxa de Évora, leia atentamente as
páginas deste livro e descubra como resolver seus problemas.
Maria Helena Farelli
A BRUXA DE ÉVORA
As lendas sobre a
Bruxa de Évora
vêm povoando o imaginário ibérico des-
de a Idade Média, quando a Inquisição deixou sua marca de terror e
perseguições gravada a ferro e a fogo naquela Península, sobretudo em
Portugal.
A caça às bruxas, aos feiticeiros e às pessoas que supostamente tinham
pacto com o diabo foi tão feroz e violenta que ficou registrada não apenas
nos livros da Igreja Católica, mas também no inconsciente coletivo dos
habitantes daquela região. Assim, a cidade de Évora ficou conhecida tanto
por ser o local onde a força da Inquisição se fez mais presente como por ser
uma terra consagrada ao sobrenatural e à feitiçaria.
Tanto é que séculos após o término da Idade Média a força dessa persona-
gem lendária — a
Bruxa de Évora,
também conhecida como a
Moura
Torta
— ainda permanecia incólume no folclore português e acabou
aportando no Brasil Colônia junto com as caravelas do descobrimento e,
posteriormente, dos colonizadores.
Apesar de temida, as pessoas sempre buscaram conhecer os poderes dessa
Bruxa: seus feitiços, sortilégios, banhos, amarrações, conjuros etc., com a
finalidade de obter cura, proteção e sucesso no amor e na vida.
Por essa razão, a autora, Maria Helena Farelli, tentou resgatar um pouco
desse saber e trazê-lo progressivamente para o grande público que em
pleno século XXI procura cada vez mais a ajuda da magia e dos fenômenos
sobrenaturais e paranormais para transformar seu cotidiano.
Filtradas as diferenças de época, as adaptações e criações sobre o tema etc.
a autora conseguiu reunir um material que, sem dúvida, ajudará a resolver
muitas demandas daqueles que dele precisam.
É ler para crer e testar a força desta Bruxa secular que tanto assombrou
seus contemporâneos. Boa Sorte e mãos à obra!
capa: Leonardo Carvalho, a partir de "Queen Eleanor and Fair
Rosamund"; de Evelyn de Morgan (1855-1919)
Maria Helena Farelli
A BRUXADE ÉVORA
2
a
edição
Rio de Janeiro Impresso no Brasil
"Pessoas que encontramos pela rua (...) se dão em segredo à prática da
Magia Negra, ligam-se ou procuram ligar-se aos Espíritos das Trevas,
para satisfazer seus desejos de ambição, ou de amor (...)"
(]. K. Huvsmns, Prefácio a /. Bois,
Le Satanisme et la Magie,
1895.)
Eis a razão de eu ter escrito, na entrada do terceiro milênio, a vida, a obra e
a fantasia da Bruxa de Évora. Não por ambição, talvez por amor.
SUMÁRIO
Apresentação Prefácio
Portugal entre rei católico e crenças medievais
Peregrinos e pagadores de promessas
Mouros encantados nas vizinhanças de Évora
Maravilhas na Sé de Évora
Encantarias da Bruxa de Évora
Monstros e dragões
O livro negro das bruxas
Visões e fantasmagorias em tempos de festa
Bruxaria entre alegria e morte
Travessuras e feitiços da Bruxa de Évora no Brasil
O livro de orações da Bruxa de Évora
Feitiços da Bruxa de Évora
Bibliografia
APRESENTAÇÃO
Em um depoimento acerca das feiticeiras modernas, a autora de "A Bruxa
de Évora", Maria Helena Farelli, diz que "é bem fácil reconhecer uma
bruxa. Ela tem o olhar claro e direto e é sempre muito simpática." Diz
ainda que é neta de uma cartomante cigana e sobrinha de uma quiromante;
diz também que descobriu cedo que era bruxa. Mesmo assim, tentou mudar
seu destino: formou-se em jornalismo e quis seguir uma carreira
independente das tradições familiares. Mas a sorte só batia à sua porta
quando escrevia sobre temas místicos. Por isso, resolveu assumir defi-
nitivamente sua missão e hoje, quarenta livros publicados, sabe que fez a
opção certa.
Ela afirma ainda que "as bruxas modernas não cruzam os céus cavalgando
vassouras nem cozinham morcegos em enormes caldeirões, tampouco
correm o risco de serem levadas às fogueiras da Inquisição." Ao contrário,
"bem-sucedidas e respeitadas, elas se apresentam em programas de TV e
de rádio, recebem clientes de todo o mundo e na hora de viajar preferem o
conforto dos aviões."
Isso é verdade. Mas, o que acontece quando uma feiticeira fala de outra
bruxa, bem mais velha, que viveu na Idade Média, quando se temia a
chegada do fim do mundo é do Anticristo? Voam sapos e
morcegos? Sim, e sabedoria! E assim é este livro. Quando entra o século
XXI e todos escrevem sobre Nostra-damus, Maria Helena Farelli nos fala
de alguém tão famoso em Portugal quanto este profeta; só que ela, a Bruxa
de Évora, está mais perto de nós, pois nos foi trazida pelos nossos
colonizadores em meio a santos, lendas e coragem em desbravar o mundo.
Tendo um avô português, a autora presta uma homenagem a Portugal e a
seus navegadores que fizeram nosso país e nos legaram a língua mais
difícil do mundo e a magia mais poderosa da Europa medieval. E nossa
personagem, de Évora, dos anos do início do milênio, vem mesmo a calhar.
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