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Salt Magick

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®SatAnanda, 2009
Salt Magick

Salt Magick é o primeiro livro genuinamente brasileiro sobre Magia do Caos.  Seu autor, Satananda, é conhecido no cenário neo-ocultista nacional por ser por muitos anos moderador da operação caótica conhecida como 'Caos o Jogo' (Uma mistura de jogo de RPG com treinamento mágico, em breve mais detalhes aqui no portal.) além da participação ativa em diversos grupos e listas de discussão.

De fato este livro nasceu como material de apóio para 'Caos, o Jogo", mas acabou desenvolvendo tentáculos próprios. Embora seja o primeiro grimório caótico nacional, não se trata de uma introdução ao assunto e pressupõe algum conhecimento que pode ser adquirido em outras obras. Assim, nas palavras do autor 'Não se preocupe se algum conceito parecer muito estranho ou complicado, este não é um manual para iniciantes.'

 


Introdução e Agradecimentos

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Salt Magick, SatAnanda

Este material ficou durante anos esquecido, passando de HD pra HD, de máquina pra maquina, junto com várias outras anotações e perdido em meio a teras de e-books e arquivos acumulados nestes últimos anos.

Meu encontro com ele foi casual. Na busca de algo que pudesse auxiliar no trabalho feito com jogadores-magistas em Caos o Jogo.

Procurava por algo que pudesse servir para magistas com pouca familiaridade com Magia do Caos e que fosse instigante para magistas mais

experientes que participam do jogo.

Encontrei a “Macumba com Sal”, como estava no arquivo original, cuja última atualização foi feita em 2004.

Percebi que este material teria boa aplicabilidade quando me dei conta de que ambos os elementos utilizados (água e sal) eram muito comuns e poderiam ser encontrados em qualquer lugar, a qualquer hora, desde que o magista estivesse em casa. O passo seguinte era torná-lo interessante para magistas experientes. Na ocasião em que fiz as anotações, utilizei as operações básicas de  Magia do Caos, dentre elas, a popular sigilização. Para que fosse interessante aos experientes, retirei toda a parte do material “básico” e inseri as propostas mais recentes que tenho utilizado com sucesso nas minhas práticas.

Chegando a este ponto, terminei o trabalho e o batizei de “Salt Magick”.

Como este material tem por finalidade a utilização junto aos trabalhos feitos com os jogadores de Caos o Jogo, omiti propositalmente algumas informações. Tais informações são necessárias para que o jogador ingresse no jogo e, no intuito de estimular a obtenção destas informações por intermédio das orientações preliminares, contidas no ato da inscrição e logo após ele, não transferi para este material maiores detalhes.

Todavia, é certo que este material terá leitores que não são, não foram ou não serão jogadores de Caos o jogo. Para estes,  minha dica: Leiam e pesquisem. Há uma vasta literatura na internet. Há muito material de autores como Austin Osman Spare, Peter J. Carrol, Phil Hine e Frater U.’.D.’. disponibilizados na internet. Há sites variados, fóruns como a lista “Kaos-Brasil” no Yahoo e comunidades do Orkut como “Magia do Caos” a qual modero desde 2005.

Um dos objetivos deste material é incentivar o leitor a pesquisar, procurar e buscar, por seus próprios meios, as informações necessárias para

que monte seu próprio quebra-cabeça. Por este motivo, fique feliz por não entender algo. Esse será um sinal de que há um novo caminho a trilhar e novas fronteiras a desbravar.

Por fim, sinto-me na obrigação de agradecer a todas as pessoas que me ajudaram com opiniões e na revisão.   Estava um pouco desmotivado em editar este material e todos foram muito importantes nesta decisão.

Mesmo que pareça estranho iniciar este trabalho com uma opinião negativa, tenho que ser honesto em afirmar que o considerava um tanto pueril.

Creio que seja pelo fato de ter suplantado esta fase inicial, onde usava apenas o sal, e caminhado para uma proposta maior (que poderia chamar de “Crystal Magick”), com a utilização de ampla variedade de cristais.

Também estou muito envolvido com outro material que iniciei agora com o título de “Isto é CAOS!” (meme que criei há alguns anos) onde apresento uma proposta filosófica sobre meu entendimento a respeito de magia do Caos sob vários aspectos, inclusive psicológico e social.

Porém, conversando com alguns amigos, fui incentivado a editar um material com práticas e onde pudesse apresentar algumas novidades a

respeito de como estou desenvolvendo atualmente.  Iniciando aqui uma “cronologia” e estabelecendo uma “ordem” mais específica.

Foi a empolgação destes amigos à respeito de algumas propostas que apresento aqui (Vivendi, Selamento, Sigilo-Decreto, Cyber-Yantra, dentre

outras) que me fez reavaliar o que pensava sobre sua relevância. Por este motivo tenho que agradecer muito a todos. Vou nomear alguns, já com a sensação de injustiça quanto a outros que por esquecimento, não estarão aqui.

Primeiramente destaco dois nomes fundamentais para  a realização deste trabalho: A Bel (sempre tem uma mulher né...) que é uma eterna incentivadora, a quem tenho um carinho infinito e sei que sou correspondido e a Caronte III um amigo recente que fez um trabalho magnífico e voluntário na correção do texto. Muito obrigado a ambos pela inspiração e adequação desta inspiração em um texto coerente.

Ao meu professor, Master Choa Kok Sui, que me proporcionou o contato com outro aluno seu, J.R.R. Abrahão que, por sua vez, me apresentou os trabalhos de Peter J. Carrol e Phil Hine, onde tudo começou. Ao amigo Cleber e sua consorte Camila, casal de magistas que muito respeito. Aos amigos da lista do Yahoo “ Kaos Brasil” e da Comunidade do Orkut “Magia do Caos” (incluindo aqui cerca de 3.000 doidos irremediáveis). A

máfia do cotidiano: Cananéia, Lila, Reinaldo, Aléssio, Daniel, Theomagus, João Paulo, Iago, Dom, Rodolfo, Mordechai, Seletor, Azoth, Retículo, Ken Tzar, Frater K., Frater P., Hihipirate, Odysseus, Zed, Wsr, Fernandez, Zelinda e todos do Imagick, Mulheres gostosas da Wicca, Daniel Atalla, Eddie Van Feu, Fire, Thais, Bat, Feiticeira, Horus, Davis, George, os fãs do Slayer, Fãs do Pavarotti, Prof. Adhemar Ramos, as três marias do CAOS: (Mantis, Kat e Thaiz), Prof. Lucas, que cobra este material há dois anos, Ricardo Maffia, Prof. Carlos Rosa, praticantes de Yoga Arhática, Michael, Anita, “os 8 do círculo” em São Paulo, cabeçudos de Ribeirão Preto, morena do RJ que transei no carnaval de 1998 e que nunca mais vi, mas procuro até hoje, grupo de meditação de Poços de Caldas, Dra. Acaccia Barros,  Franz Bardon,Helinho meu advogado, meu boxer Ozzy, meus peixes marinhos, meus filhos Jr. e Julia Claro que tenho que deixar um destaque aqui uma dedicação mais do que especial a todos os participantes, jogadores e mestres de jogos de “Caos O jogo”. É por culpa de vocês que saiu isso aqui. Bem feito! A lembrança sempre aos amigos da Teosofia, Rosa Cruz, Golden Dawn, Thelema, pastores e bispos da IURD e a todos os que leram tudo isso na esperança que seus nomes estivessem aqui e, vendo que não está, irão arrumar alguma forma de falar mal do livro e de mim.

E antes que me esqueça: Obrigado Z. pela minha primeira viagem de balão.

 


Como aproveitar ao máximo este material

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Salt Magick, SatAnanda

Não há nenhuma exigência para a leitura deste livro, desde que o magista esteja ciente de que tudo o que resultará desta leitura será fruto de sua livre e espontânea vontade. Porém, se há uma orientação a ser dada, ela se resume em: Saiba ANTES de ler, o que realmente é Magia do Caos, caso nunca tenha ouvido falar a respeito. As dicas a respeito do assunto estão muito resumidas aqui.

Este material se resume em uma magick simples, onde utilizamos dois elementos básicos: o sal e a água.

Todo o trabalho é estruturado nos princípios da Magia do Caos ou Chaos Magick, e parte do pressuposto que o leitor tenha um mínimo de

afinidade com o assunto.

Aquele leitor que ainda não domina os conceitos básicos de CM como a “Técnica de Sigilização” de Austin Osman Spare deverá, primeiramente,

procurar informações sobre o assunto para que não queime etapas e se perca no processo.

Por outro lado, tanto para veteranos como para iniciantes em CM, o texto poderá ser bem útil, pois trata de novas propostas e novas alternativas dentro do que já é de amplo conhecimento da maioria.

É certo que o mago caótico, por sua natureza, sempre estará criando novas formas de abordagens dentro de tudo o que lhe é proposto. Mas a

grande dificuldade se encontra na aplicabilidade destas mudanças e, acima de tudo, no tempo necessário para que possa refiná-las. Em todos os casos, só há duas alternativas para testar a eficácia de seus empreendimentos: erro e acerto.

Nem sempre temos tempo ou paciência para inúmeras tentativas. Por este motivo, penso que este trabalho pode servir de incentivo para que os magistas que se envolvem com novos procedimentos possam compartilhar suas descobertas, de modo abreviar o trabalho de outros colegas. Ao longo de mais de duas décadas envolvido com magia, percebi que, a cada dia, aumenta o número de magistas no Brasil, e vejo isso com grande entusiasmo, porque somos um país com riqueza e diversidade espiritual e religiosa. Há no momento atual uma grande abertura  para que possamos praticar magia, independente do preconceito e das resistências ainda presentes na nossa cultura, e bem menos impeditivas se comparado a outros países.

Percebo um número crescente de jovens com grande interesse sobre o assunto, e esse é outro sinal de que a magia no país terá um belo futuro pela frente.

O que tempos atrás era privilégio de pequenos grupos, quase sempre fechados, hoje se espalha para todos os lugares por intermédio da internet.  Para um magista do Caos isso é uma grande vantagem, pois suas atividades são, na grande maioria, trabalhos solitários. Também há um grupo grande - e eu me incluo nele - de magistas que não se sentem compelidos a participar de iniciações, pactos, reuniões cotidianas e grandes celebrações. Nunca participei de uma magia caótica que tivesse acima de 15 pessoas juntas, sendo que, em 99% de minhas práticas, estou sozinho. Esta é uma das facilidades que me atraíram para este meta-sistema.

Outra questão, que sempre ressalto, é o fato de não haver necessidade de se acorrentar a nada, nem a ninguém. A liberdade proporcionada pela CM é algo que não se encontra em nenhum outro sistema.

A objetividade é igualmente importante. Desde o começo sempre ouvimos a frase “se não te serve, jogue fora” ou “se funcionou é bom”. Esta

praticidade faz com que a Magia do Caos se torne algo muito divertido e gratificante; ao mesmo tempo em que direciona o foco para algo realmente é importante. Sem firulas.

Estes pontos me fizeram um adepto da CM.  Mas adianto que possivelmente minha abordagem difere da maioria.

Um amigo apelidou esta abordagem de “Magia Branca do Caos”. E isso  se deve ao fato de eu eliminar alguns pontos que considero desnecessários.  É uma abordagem pessoal, alguns concordam, outros não.

O que posso afirmar com segurança é que tem dado certo. E certamente não é mais difícil do que outros caminhos.

Acredito que todo magista deva pensar em magick como um complemento ou extensão de suas peculiaridades e temperamento. Não é inteligente impor uma abordagem que seja distinta da natureza do magista. Forçar algo que vai trazer incômodo e eventual perda da naturalidade e fluidez.

É por este motivo que não indico e não uso nenhum tipo de droga, lícita ou ilícita. Não digo que nunca bebo ou nunca fumo. Posso fazer  isso algumas vezes por ano, em ocasiões especiais. Mas beber e fumar não são hábitos. Nunca sacrifiquei ou feri animais em magia. Tenho seguido, há muitos anos a dieta vegetariana, exatamente por compaixão aos animais. Não faria sentido matá-los ou feri-los em magia. Sou um homem que gosta de mulheres e não sou adepto da promiscuidade. Por este motivo, tenho algumas ressalvas quanto a magia sexual em grupo. Se não sou atraído sexualmente por homens, porque vou dar a bunda pra fazer magia? Se pratico meditações purificadoras regularmente, porque vou ficar enfiando meu pinto em qualquer uma por aí?

Quanto ao ataque a outras pessoas, amarrações do amor e coisas do gênero, tenho comigo que, a partir do momento em que faço uma magick para um inimigo, estou conferindo um “valor” a ele. Principalmente porque, para que uma magick atue, é necessária a ocorrência dos atos mágickos em uma relação extra dimensional em que objeto e agente devem se correlacionar. Com base neste ponto, estou criando no universo de probabilidades o sucesso do empreendimento ou o fracasso. Em resumo, posso prejudicá-lo ou não.  Posso minar suas forças, mas ao mesmo tempo, interferir para que ele ative-as. Chega-se à conclusão que o magista estará, inevitavelmente, atribuindo poder ao objeto. Não é uma atitude sensata dar poder ao seu inimigo, aliás, não é uma atitude sensata ter inimigos. O mesmo ocorre com as amarrações e feitiços para atrair o amor de uma pessoa específica. Partindo da conclusão lógica de que se o magista já está sob forte influência da pessoa desejada, a ponto de fazer um ritual para que ela se aproxime, o próprio ato mágicko aumentará ainda mais esta influência. Isso  só pode resultar no enfraquecimento do magista que passará então a ser  subjugado por uma pessoa que, muitas vezes só terá alguns atributos físicos a lhe oferecer. Ao utilizar seu espectro psíquico em intentos mágickos de dominação de terceiros, o magista cria uma armadilha para si próprio, onde este espectro psíquico pode escravizá-lo e prendê-lo ao seu objeto de desejo a ponto de criar uma relação auto-obsessiva.

Muitas coisas boas aconteceram depois que entendi estes pontos. Mas adianto que, se o magista é cruel com animais, promíscuo, usuário

de drogas, homossexualmente devasso, vingativo e rancoroso, além de ser “paga pau” de qualquer “rabo de saia”, ele tem todo o direito de fazer o que quiser dentro destes paradigmas. O que estou apontando aqui é que existe a possibilidade de também se dar bem sem que necessariamente esteja vibrando em uma freqüência destas.

Numa oportunidade futura, podemos abordar melhor estas questões. É importante que fique claro a intenção deste material. O foco não está

na magia em si. O objetivo não está em como é, mas em como se faz. Por isso, utilizei um exemplo que pode ser adaptado para muitos outros. Uma magick “genérica”, se é que podemos chamar assim. Salvo alguns materiais bem bacanas e didáticos de Zoakista, desconheço outros autores caóticos brasileiros que  se dão ao trabalho e a coragem de expor seu métodos, formas de abordagens e modus operandi. Por tal motivo, um trabalho como este pode ser uma boa referência. A “magia do Sal” ou “Salt Magick” é pano de fundo.

Minha intenção está em descrever a ação sistêmica da construção e execução de uma magick. 

Na primeira parte, apresento os dois elementos, sal e água. Faço um exercício que considero indispensável para a elaboração de qualquer magick, que nomeio alegoricamente de  brainstorming,  emprestando um termo muito utilizado nos processos de criação em publicidade e marketing.

É por intermédio deste exercício que são elencados  os pontos relevantes que servirão de base para os trabalhos a serem desenvolvidos, e é

nesta parte que se deve concentrar a pesquisa mais  pesada. Neste trabalho procurei não me aprofundar tanto em teorização para não ficar enfadonho. Por este motivo relato rapidamente alguns pontos que devem ser observados.

Desenvolvo aqui, de forma sucinta, algumas possibilidades que os elementos me oferecem. É surpreendente constatar que dois dos elementos

mais abundantes na natureza e, por conseqüência mais corriqueiros, são tão ricos em simbolismo e alusões. Boa parte do que está no brainstorming não irei utilizar nesta magia específica que apresentarei como exemplo, mas, como se trata de um “genérico”, quando elenco os pontos de  cada elemento em questão, estou ampliando suas funções e aplicabilidade para que o magista possa aplicar em outras funções e para que se familiarize com este exercício.

O brainstorming é uma etapa negligenciada pela maioria dos magistas. Muitos deles, mesmo os veteranos, sequer utilizam o processo de “analisar as potencialidades” dos objetos e elementos que utilizam em suas magicks.  Quando criei este método, a elaboração das magicks ficou muito mais simples e muitos elementos que imaginei serem necessários foram eliminados e outros incorporados.

A maneira com que apresento o brainstorming não é a forma com que executo quando monto minhas magicks. Muitas vezes,  eu escrevo em um

cadernos apenas palavras e fragmentos de frases. Algo que somente eu vou entender. Porém, para que houvesse uma assimilação maior por parte do leitor, procurei dar sentido e forma as frases e relações que apresentei. Mesmo assim, fui alertado pelos revisores que o  brainstorming carecia de fluidez no texto e que precisava concatenar melhor as idéias.

A minha postura foi mantê-lo como está para que ele pudesse ser uma descrição de um pensamento. E sabemos que pensamos  diferente de como escrevemos. Procurei ser fiel ao modo com que estabeleço as relações no momento em que estou envolvido com esta agradável parte do processo de construção de uma magick.

Na segunda parte do trabalho eu tenho a magia propriamente dita. Neste ponto o foco está na descrição da prática, não mais na abordagem, mas no modus operandi. Vale ressaltar que não há receitas para um mago caótico. Não há regras, não há formulas prontas. Por este motivo, tudo o que está ali pode ser modificado, substituido, eliminado ou acrescido (sempre pela conta e risco do magista).

Na terceira parte apresento outra aplicação de Salt Magick para a criação de um oráculo. Adianto que as aplicações mágickas destes elementos

são infinitas e este trabalho é apenas uma faísca das possibilidades que podem ser exploradas. O principal mérito do que está aqui, consiste no incentivo e na apresentação das possibilidades encontradas na utilização destes elementos. E na apresentação dos meios utilizados para a cosntrução de uma magick com eles. Os resultados e as ações que partirem deles ficarão por conta da imaginação e dos insights recebidos pelo magista durante e após a leitura.

Procurei eliminar uma parte do trabalho de pesquisa necessária ao leitor, apresentando, a título de ilustração, algumas macumbinhas inofensivas de almanaque, presentes em vários sites da net, apenas para inspirar e possibilitar um apelo mais “feminino” no projeto. Confesso que nem li todas na íntegra. Também inseri o material do Regardie para que não haja dúvidas sobre a questão do Ritual Menor do Pentagrama, também a titulo de ilustração. O magista pode usar outros banimentos como, por exemplo, o RGP. Claro que com dois cliques você chegaria a estes textos, porém, fica aqui a ressalva: Nem tudo o que está na net é bom e válido. Tem muita gente falando besteira e sem nenhum embasamento. Portanto: esteja atento!

E boa leitura.

 


Brainstorming: A Água

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Salt Magick, SatAnanda

Nosso planeta e nosso corpo são formados em grande  parte(não há  vírgula) por água. 

 

A utilização magicka da água parte do princípio da interação com esta âncora-mãe planetária e individual, como uma chave da partícula-gota (o ser humano) que se desprende do todo-oceano (o “mar de  caos”). Inclui-se aí a

organização do elemento água como sugestão dos principais estados da chamada "matéria", sendo base sólida, ponte fluídica e supra-presença etérica em seus estados sólido, líquido e gasoso.

 

Sólido

 

Na sua apresentação sólida, atua como sugestão de rigidez e base de sustentação dos pilares iniciais da criação de todos os posteriores processos de construção/destruição a que possam alicerçar. (parágrafo)Se salva neste ponto o paradoxo “rigidez e não atrito”, sendo o gelo e a neve mais escorregadios na medida em que mais se solidificam.

 

Com as alusões diretas às suas incidências em nosso planeta, (lembrando de suas observações em outros corpos celestes, como o planeta Marte, por exemplo) observamos as calotas polares,  sendo estas localizadas nas extremidades “acima e abaixo” do globo. Numa análise entre os centros energéticos denominados “Sahashara” e “Muladhara” onde o planeta seria entrecortado por Kundalini Sakti. Complementando a proposta dual de “Céu e inferno”, “Céu e terra” e tantas outras.

 

Por fim e mais relevante do ponto de vista da proposta de nosso trabalho  encontra-se no estado representativo do gelo a proposta de Frater U:.D:. em seu “Ice Magic”, clássico da literatura caótica de  amplo conhecimento dos magistas e que resume, consideravelmente, a principal proposta deste estado em aplicabilidade magicka. Sendo seu “Ice Magic” algo bem diferente do que o nome pode sugerir (magia “do” ou “com” gelo), a lembrança é inevitável como falamos sobre este elemento. Por este motivo cabe uma pesquisa sobre os relevantes textos de Frater U:.D:. (inclusive seu “Practical Sigil Magick”)

 

Líquido

 

Em seu estado líquido, fica evidenciado o paralelo  com os nadis. Os mares e rios. O próprio caos com infinitas alusões ao “Mar do Caos” e “Oceano do Caos”.   

 

Os “rios que terminam no mar” como metáfora de que  “Todos os caminhos vão a Roma” e que o caminho do magista, em sua busca pessoal, acabará, por si, como uma busca final de encontro a este caos oceânico.

 

Sugere-se uma moderada evolução deste estado em relação ao anterior. Tal qual Excalibur que, presa a pedra (sólido), é também presenteada a Rei Arthur pela “Dama do Lago”. Sendo então o líquido uma redenção. Um degrau acima na obtenção da conquista de uma espada brandindo ao vento. 

 

A fluidez e a constância de quem “bate até que fura”. A ilusão e impermanência provocada por aquilo que “escorre entre os dedos”. Somos agora uma camada onde se processam as sinapses e reações químiconeurológicas e aqui temos a força das turbinas das  hidrelétricas com os desvarios da natureza em tempestades, enxurradas, enchentes e tsunamis que tudo levam, tudo arrastam, tudo destroem. Temos a água que lava e leva. Mas a mesma água que bate, passa e corre. 

 

Longe de sua solidez, ela toma vida e ação multiprocessual e sistêmica. Tomando a sua onipresença como algo que envolve o exterior e o interior, ampliando seu espectro de macro-planeta para micro-corpo. Como contraponto ao fogo, seria promotora de um insuspeito equilíbrio de Pandæmonium onde, do seu interior, no âmago do fogo planetário em que Gaia, a mãe-terra, estaria grávida do Sol, cuspindo em sua superfície as labaredas de lava incandescente que resfriam em contato com o líquido, tornado-se sólido para novamente atingir seu estado primal.

 

O “Solvente Universal” remete aos fluídos de todas as magias. Desde os próprios da linhagem “Solvet Et Coagula”, os fluídos sexuais (virginais ou não), o simbolismo alquímico em amplo espectro e todo o processo de mutabilidade das formas, sejam elas provocadas, provocantes ou provocadoras. Aplica-se ao estado líquido a maior e mais variada  gama de interrelações, sendo a natureza multimodal de seus  aspectos, o ponto de partida para o início de seu entendimento

 

Gasoso

 

Aqui entramos no paradigma do Prana (ou chi, ki, mana, etc). Estamos na “transcendência” onde viemos do líquido, para voltar a ele. Ou viemos do sólido para voltar a ele. Nunca se pensa no emanante. Seria o estado primal da água o gasoso? Sendo ele o mais etéreo, conclui-se como meta final e, logo, como inicial. Em dois paralelos, seria o máximo e o mínimo. Um câmbio.  Somos jogados para um lado e outro como quem ainda não adquiriu sua maturidade ou como quem ainda não assimilou o peso desta maturidade.

 

Neste estado de sutileza e volatilidade, somos mais leves, porém mais suscetíveis a todas as intempéries. A molécula mais “espaçada” adquire uma abertura, uma amplidão e não mais é importante a interação e ação em si, mas sim a referência. 

 

É o fruto de todos os caminhos anteriores que norteiam nosso futuropresente. Somos um presente real, dinâmico, mas nunca estivemos tão sujeitos aos acontecimentos passados.

 

A idéia de carma e de conseqüência é irrefutável. E aqui é agora o umbral. Neste estado estão os fenômenos psíquicos e todas as manifestações extra matéria densa, sejam elas as mais comuns como as constituições energéticas do corpo físico (aura e chakras) e suas constituições etéricas, mais sofisticadas como o invólucro multidimensional da matrix. 

 

O estado gasoso é demasiado rico e complexo, porém, nesta breve ilustração sobre o trabalho específico, destacaremos mais o estado líquido, por ser a fonte física utilizada. Em uma oportunidade futura, posso me alongar mais nas descrições do sólido e gasoso. Bem como desenvolver algo magicko a respeito

 


Brainstorming: o Sal

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Salt Magick, SatAnanda

Estamos frente ao cristal mais abundante no planeta. Ao menos de forma individualizada. 

 

É redundante apresentar este elemento aos magistas.

 

Desde Platão que se considerava o sal uma "substância cara aos deuses", este componente é associado à magick. Dele advém atribuições de toda sorte, e com igual relevância.

 

Partimos de sua atávica ligação com Blue Magick, quando sua relação com o “salarium” da Roma Antiga ainda hoje está encravada entre o paralelo da Estrada de Jacó com a Estrada de Sal, por onde passavam os mercadores.

 

Seria a busca financeira uma correlação com a busca espiritual por intermédio destas duas vias?

 

Sua utilização em Helth Magick remonta há milênios, quando utilizado para a conservação de carnes em geral. Nesta área, sendo base dos magick mirrors e com grande referência a magias de Glamour, quando egípcios usavam-no para a confecção das múmias dos faraós. Sua utilização ampla em war magick e auto defesa psíquica trazem de volta os tempos em que era utilizado como oferenda em rituais variados, e quando eram utilizados como fonte para espantar os “maus espíritos”.

 

O sal é elemento indispensável na “cozinha” Wicanna e esta religião, tratada com preconceito exagerado por parte de alguns magistas (lamentavelmente), apresenta propostas variadas sobre sua utilização.

 

Para nós brasileiros, amalgamados com a união das religiões ocidentais, mais ritualísticas (na linha “cerimonial” como a missa cristã), com as religiões afro, igualmente ritualísticas, porém mais ligadas às vertentes xamânicas como as danças, celebrações e utilizações de inúmeras quinquilharias da nat...

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