Aurora Rose Reynolds - Until Him 03 - Until Cobi (R&A).pdf

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Cobi Mayson sabe exatamente quem Hadley é para ele no
momento em que ele a vê pela primeira vez. Isso não
significa que será fácil para ele convencê-la a dar uma
chance a ele.
Hadley Emerson sabe que ela pode se apaixonar fácil por
um cara como Cobi. Um homem que parece aparecer toda
vez que ela precisa dele, mas ela sabe melhor do que
apenas entregar seu coração.
Sabendo que seu futuro com Hadley está na linha, Cobi
começa a amarrar suas vidas juntos. Conforme a corda
invisível que os conecta se aperta e as coisas entre eles se
aquecem, uma ameaça desconhecida surge, ameaçando
tirá-los do felizes para sempre e mandá-los para a
escuridão.
PRÓLOGO
COBI
— Você a conhece, Mayson? — pergunta meu parceiro Frank, estudando a
mim e a mulher em meus braços. Suas sobrancelhas grossas estão bem unidas em
confusão sobre seus olhos azuis.
Quero rugir,
Sim, eu a conheço. Ela é minha!,
mas isso soa ridículo, porque é
ridículo. Não sei nada sobre a mulher que estou segurando além do fato de que seu
primeiro nome é Hadley, ela cheira a pêssegos, e fica perfeita contra mim, ainda
que esteja desmaiada.
— Ela é sua?
— Não — rosno, meus dentes rangendo enquanto o meu aperto sobre ela
aumenta.
Chegando mais perto, Frank abaixa a voz. — Então, talvez você queira parar
de rosnar, porra, para qualquer um... — ele empurra o polegar por cima do ombro
—, que tenta tocá-la, e deixá-los fazer o trabalho deles.
Eu franzo a testa e olho para ele, observando os três paramédicos em pé ao
meu redor parecendo inseguros e nervosos. Não quero –
como fodidamente eu não
quero mesmo
– soltar Hadley, mas eu sei que preciso. Ela tem um corte na testa
que não parou de sangrar e um machucado sob o queixo. Levanto meu queixo e
um dos paramédicos se aproxima. Eu devo fazer um barulho, porque sua cabeça
voa para cima quando ele a toca e seus olhos se arregalam de medo quando
encontram os meus.
Porra.
Minha mandíbula se aperta enquanto me forço a relaxar e soltá-la, e assisto
com a respiração presa no peito enquanto ela é colocada em uma maca. É preciso
todo o autocontrole que possuo para não ir atrás dela, para não estender a mão e
tocá-la novamente, só para provar que ela é real. Enquanto eles a colocam na parte
de trás da ambulância, eu envolvo minha mão na minha nuca. Quero ir com eles
para ter certeza que ela está bem, mas não posso. Tenho uma cena de crime que
precisa ser isolada e um corpo morto na mata atrás de mim que precisa ser
checado. O bom é que, como sou policial, não terei problemas em rastrear Hadley,
mesmo que ela seja liberada do hospital hoje à noite antes que eu possa alcançá-
la.
— Que porra foi essa? — pergunta Frank do meu lado enquanto as portas
da ambulância se fecham e as luzes se acendem.
Não olho para ele. Corro meus dedos pelo meu cabelo e balanço a cabeça. —
Nada.
— Tem certeza de que você não a conhece?
— Eu não a conheço — murmuro, em seguida, olho em volta. — Vamos
arrumar essa merda.
— Foda-se. — Frank olha para a floresta quase toda escura e aos outros
oficiais que circulam. — Será uma noite longa. Preciso ligar para minha esposa e
avisá-la que não estarei em casa por um tempo.
— Quando você terminar, me encontre no corpo — digo, e ele levanta o queixo
antes de sair. Eu pego uma lanterna de um dos guardas e entro na floresta para
chegar ao corpo. Quando recebi o telefonema informando que uma mulher ligou
para o 911 dizendo ter testemunhado uma mulher inconsciente sendo jogada no
porta-malas de um carro do lado de fora do cinema local, eu não fazia ideia de que
a mulher inconsciente era minha prima, Harmony. Não até que a irmã dela, Willow,
ligou para dizer que Harmony não havia voltado do banheiro, onde ela foi durante
o filme que elas estavam assistindo.
Após o telefonema de Willow, tive que ligar para Hadley, que foi quem
testemunhou o sequestro da minha prima. Ela estava seguindo o carro e eu estava
logo atrás dela – apenas não perto o suficiente. Depois que ela me informou que o
carro saiu da estrada, eu disse que ela deveria continuar dirigindo, que os outros
policiais e eu estávamos nos aproximando e estaríamos lá, mas ela não escutou.
Em vez disso, ela desligou e continuou seguindo. Pelo que percebi, ela acabou
correndo risco de vida junto com Harmony, que de alguma forma conseguiu
escapar do porta-malas do carro em que estava. Ambas quase não escaparam da
morte nas mãos de um louco que estava apontando uma arma para elas no meio
da mata.
Quando chego ao corpo, que agora está coberto por um lençol branco, sei
que Frank estava certo. Será uma longa noite de merda. Só que, ao contrário dele,
não tenho ninguém para ligar para dizer que não estarei em casa.
Quatro horas e meia depois, os caras da cena do crime vão embora junto com
o legista, e eu pego uma carona para a delegacia com Frank, onde pego minha
caminhonete antes de ir ao hospital. Quando chego, faço check-in no posto de
enfermagem e pergunto sobre Hadley. Descubro que ela sofreu uma concussão e
que os médicos estão mantendo-a durante a noite, só por precaução.
Após saber que ela está descansando, vou verificar minha prima Harmony,
que está fora da cirurgia com nossa família reunida em torno dela. Converso com
minha família e com o noivo de Harmony, Harlen, por alguns minutos, certificando-
me de que estejam bem antes de ir ao quarto de Hadley. É do outro lado do hospital,
e quando chego à porta dela, eu entro, esperando ver sua família reunida em torno
dela, mas o quarto está vazio, exceto pela cama, onde posso ver sua forma sob as
cobertas.
Sento-me na cadeira ao lado da cama e olho para o rosto dela – quão
perseguidor de repente me tornei. Mesmo com círculos escuros sob as pálpebras
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