A cidade e a cidade - China Mieville.pdf

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"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando
por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo
nível."
Sobre
A cidade & a cidade
Ronaldo Bressane
Olhe à sua volta: existe outra cidade dentro da sua cidade, mas você não está
vendo. Fronteiras são mais leves do que o ar; há cidadãos invisíveis a você —
você mesmo é invisível a determinadas pessoas. O que é uma cidade, o que é
uma nação, até que ponto um lugar compõe a sua identidade? Essas são algumas
questões com que se depara o detetive Borlú ao investigar o estranho assassinato
de uma jovem na cidade de Beszél — que também pode ser a cidade de Ul
Qoma. Essas são também algumas premissas da literatura provocadora de China
Miéville. O maior nome inglês da ficção-científica desde J. G. Ballard tem sua
obra afinal apresentada no Brasil na excelente tradução do especialista Fábio
Fernandes.
Miéville, destacado ativista de esquerda com formação na liberal London
School of Economics, é o nome mais quente do
new weird
— subgênero da
literatura de fantasia que atualiza temas da ficção científica, do horror e da
literatura especulativa em linguagem realista e registro urbano. Neste romance,
Miéville — tal como o mestre Philip K. Dick havia feito em
Androides sonham
com ovelhas elétricas?
— combina a ficção-científica com outro gênero: o
policial. À semelhança do autor de
O homem do castelo alto,
Miéville nos leva
sorrateiramente a desconfiar da substância da realidade ao redor, jogando, em
uma perspectiva paranoica, com a política e com a metafísica.
A cidade & a cidade
habita um mundo estranhamente familiar: uma cidade
pós-soviética com um nebuloso passado autoritário. Ao brincar com o paradoxo
de Schrödinger (aquele em que o gato está e não está morto ao mesmo tempo —
hum, muito complexo pra explicar nesta orelha) e distorcer a física afirmando
que dois objetos podem ocupar o mesmo espaço, Miéville propõe que a cidade
de Beszél exista no mesmo espaço que a cidade de Ul Qoma. Administrados por
uma monolítica autoridade chamada Brecha, os cidadãos aprenderam a “não
ver” os “vizinhos” da outra cidade — sob pena de serem multados ou presos: as
cidades têm até aeroportos, códigos telefônicos, links de internet, línguas e
alfabetos diferentes.
O inspetor Borlú, protagonista e narrador, é um frustrado farejador da
verdade — a qual, em termos kafkianos, parece sempre escapar dele por meios
burocráticos e regras inescapavelmente sinistras. Borlú crê que o assassinato da
jovem tenha a ver com uma passagem ilegal entre as duas cidades, e que o
crime seja acobertado pela Brecha. Aos poucos o detetive intui: a jovem estaria
envolvida com enigmáticas escavações arqueológicas que levariam à descoberta
de uma terceira cidade. Outras mortes tenebrosas surgirão em seu caminho —
com a Brecha sempre por trás, colocando a vida de Borlú em risco. Ou não:
lembrando o desfecho do conto “O jardim de caminhos que se bifurcam”, de
Jorge Luis Borges — autor a quem, sem favor, Miéville tem sido comparado
(assim como ocorreu com K. Dick) —, os fatos podem acontecer e não
acontecer simultaneamente no extraordinário final de
A cidade & a cidade.
Agora dê outra olhada à sua volta: você está onde de fato acha que está?
Sobre
A cidade & a cidade
Quando o corpo de uma mulher assassinada é encontrado na decadente
cidade de Beszel, em algum lugar nos confins da Europa, parece apenas mais um
caso trivial para o inspetor Ty ador Borlú, do Esquadrão de Crimes Hediondos. À
medida que avança a investigação, as evidências começam a apontar para
conspirações muito mais estranhas e mortais do que ele poderia supor, levando-o
à única metrópole na Terra tão estranha quanto a sua: Ul Qoma. As duas cidades
ocupam o mesmo espaço geográfico mas constituem nações diferentes,
monitoradas por um poder secreto conhecido como Brecha. Em ambas as
cidades, ignorar a separação, mesmo sem querer, é considerado um delito
imperdoável, mais grave do que cometer um assassinato.
“Este romance poderia ser classificado como ficção científica, mas vai muito
além. É um livro sobre a alienação, o isolamento e a inabilidade de ver o mundo
que habitamos.”
Walter Mosley
“Uma ideia estranha e engenhosa, tão inteligente e convincentemente elaborada
que resulta num romance excepcional: audacioso, original e assombroso.”
Daily Mail
“Um assassinato misterioso que se passa em uma paisagem urbana à
Blade
Runner.
Imagine
Um conto de duas cidades
escrito por Stanley Kubrick e terá
uma ideia do que vai aqui.”
Shortlist
“Sutil, quase casualmente, Miéville constrói uma metáfora para a vida moderna
e prova uma vez mais que é tão inteligente quanto original.”
Michael Moorcock, Guardian
“Kafka e Orwell costumam ser facilmente evocados para qualificar qualquer
coisa que fuja um pouco do ordinário, mas neste caso são comparações
certeiras.”
The Times
“A premissa é espirituosamente elaborada, estendendo-se a cada detalhe da vida.
A inventividade e precisão de Miéville são extraordinárias.”
Independent
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